Entre 2021 e 2023, o Maranhão apresentou uma significativa queda de 10,5 pontos percentuais na taxa de pobreza extrema, reduzindo-a de 22,8% para 12,2%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), baseados na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Esse resultado positivo reflete os investimentos do Governo do Maranhão em iniciativas como restaurantes populares, bancos de alimentos e programas como Mais Renda e Minha Renda.
Os dados da FGV IBRE também indicam que 919,9 mil maranhenses deixaram a condição de pobreza, contribuindo para a redução da taxa de pobreza de 66,2% para 52,7% no período analisado.
“Estamos felizes pelos avanços alcançados, mas reconhecemos os desafios que ainda enfrentamos”, afirmou o governador do Maranhão, Carlos Brandão. “Por isso, vamos seguir investindo em políticas que garantam o acesso a direitos fundamentais, como educação, geração de emprego e renda, regularização fundiária e fortalecimento da indústria no Maranhão. Sem deixar de oferecer programas de combate à insegurança alimentar e cuidar da defesa dos povos tradicionais”, complementou.
Em números absolutos, o Maranhão foi o terceiro estado do Nordeste que mais reduziu a pobreza extrema, atrás apenas da Bahia e de Pernambuco. Em termos percentuais, o estado também ocupa a terceira posição, com Pernambuco em segundo lugar e Alagoas em primeiro.
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Paulo Casé, os resultados positivos são fruto do trabalho voltado ao desenvolvimento socioeconômico do Maranhão.
“Temos trabalhado em programas estratégicos como o Restaurante Popular, que é a maior rede de segurança alimentar da América Latina com 173 unidades. Também temos o Banco de Alimentos, que bateu recordes de arrecadação; a execução do PAA Leite em parceria com o Governo Federal; os programas de inclusão socioprodutiva Mais Renda e Minha Renda, e o Formando e Cozinhando. São muitas ações de um trabalho sério e que o resultado não poderia ser outro”, explicou Paulo Casé.
Embora a análise do FGV IBRE reconheça a pobreza como um grande desafio no Nordeste, os indicadores apontam para uma gradual melhoria da qualidade de vida, impulsionada pelo esforço conjunto de estado, iniciativa privada e sociedade civil. Em toda a região, 3,3 milhões de nordestinos saíram da pobreza de 2012 a 2023.
Pobreza e Extrema Pobreza no Nordeste
Com base nas estimativas para 2023, a região Nordeste apresentava mais de 27,5 milhões de pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza monetária (R$ 667 mensais), correspondendo a 47,4% da população residente. Quando considerada a linha de extrema pobreza (R$ 209 mensais), verificou-se que a região Nordeste ainda concentra quase 5,3 milhões de pessoas nesta condição.
Os estados mais populosos da região, como Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão, são os que concentram o maior número de pessoas em situação de pobreza. A Bahia, por exemplo, ainda concentrava 6,9 milhões de pessoas em situação de pobreza em 2023, representando 46% da sua população. Sergipe apresentava pouco mais de 1 milhão de pessoas classificadas como pobres, equivalente a 45% da população estadual.
Na linha de extrema pobreza, a Bahia tinha mais de 1,3 milhão de pessoas, representando 8,8% da população. No Maranhão, a estimativa era de quase 880 mil pessoas, correspondendo a 12,2% da população estadual.
O Maranhão liderava com a maior proporção de pessoas em situação de pobreza (52,7%), seguido de Pernambuco (48,3%) e Ceará (48,2%). A menor proporção foi estimada para o Rio Grande do Norte, com 43,5%. Entre 2021 e 2023, houve uma redução no índice de pobreza da região, de 57,4% para 47,4%.

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